Santa Bakhita, sabem quem é?
Como ultimamente não tenho escrito de forma regular, e ontem não estava a contar em escrever sobre a Festa das Cinco Chagas do Senhor, achei sinceramente que iriam passar vários dias até conseguir escrever outro texto/post.
Enganei-me.
Agora há pouco, enquanto verificava mais umas faturas/recibos no e-fatura (tenho que verificar de 6 pessoas e o prazo está a ficar apertado) o James pediu para verificar se tínhamos um determinado programa no portátil.
Eu respirei (interiormente) duas vezes e acedi de forma muito tranquila. Já é difícil ter a motivação certa para verificar as faturas/recibos mas com interrupções não urgentes o meu termómetro começa a subir em flecha!
Enquanto ele verificava o que queria, peguei no meu telemóvel e vi um pouco "as notícias do dia" no facebook.
Reparei numa coisa hiper-super-interessante: a Catholic All Year informava que hoje é o dia de Santa Bakhita.
O meu coração deu um pequeno pulo. Eu "conheço-a"!
Como?
A Teresa Power há algum tempo atrás, no âmbito da formação para catequistas na Paróquia de Mogofores, já nos tinha falado dela, a primeira santa africana.
Na altura eu reagi de forma mais ou menos indiferente, no entanto uma amiga minha (muito próxima) "delirou" com esta santa. Depois de saber mais sobre ela e ler a história dela ficou completamente "apaixonada" - sem ofensa para o seu marido.
Portanto, percebi que hoje era o dia dela. Imediatamente reencaminhei o texto para a minha querida amiga (tradução do google radutor):
"Feliz festa de São Joséfina Bakhita! Nascida no Sudão em 1869, foi raptada por traficantes árabes de escravos aos sete anos de idade e escravizada na Turquia. Depois de anos de abuso, ela foi comprada por um diplomata italiano que a trouxe de volta para a Itália, e a deu um amigo.
Ela aprendeu sobre a fé católica ouvindo as lições de catecismo dadas pelas Irmãs Canossianas à Bakhita. Ela foi batizada e confirmada em 1890. Quando a família decidiu retornar à África, Josephine se recusou a ir com eles, sendo eventualmente libertada pelos tribunais italianos. Alguns anos depois, ela se tornou uma irmã Canossiana.
Mais tarde, ela escreveu: "Se encontrasse aqueles negreiros que me raptaram, e mesmo aqueles que me torturaram, ajoelhar-me-ia para beijar as suas mãos; porque, se isto não tivesse acontecido, eu não seria agora cristã e religiosa". (...) O Senhor amou-me tanto: devemos amar todos ... devemos ser compassivos! "
Fiquei pensativa. Pesquisei (depois da nossa sessão/atividade familiar depois de jantar - filme dos Trolls em que acabamos todos a dançar feitos maluquinhos) li um pouco mais AQUI e AQUI, ficando impressionada com a força e coragem desta pessoa.
Passou horrores na sua vida, sendo maltratada, chicoteada, escravizada durante muito tempo, vendida diversas vezes, etc... E no entanto não guarda nenhum ressentimento contra os homens, o ser humano em geral e em particular! Nada.
Uma pessoa que depois de viver um inferno durante anos não ficou "recalcada"! Suponho que seja um desafio para a psicologia moderna.
Agora, sem ironias, como é que é possível?!
Uma menina, não sabendo nada do mundo, submeteu-se a tudo e a todos, aguentando conforme pôde, conseguia e sabia, para somente servir ao próximo, fosse quem fosse!
Que grande senhora! Que grande alma! Que grande exemplo para todos nós: fartamo-nos de queixar por tudo e por nada (e falo mesmo por mim própria!)
...
Não consegui resistir a não escrever este post!
Santa Josefina Bakhita (a abençoada),
também conhecida por Irmã Moretta,
rogai por nós!
P.S. - Amiga, querida amiga, tal como falamos eu vou conseguir-te a imagem desta Santa. Já a encontrei. Agora só basta encomendar e esperar algum tempo, pois a viagem será longa.